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Em 2022, o Brasil registrou cerca de 978 mortes por dengue, um total que já supera o determinado em cada um dos últimos seis anos, resultado tão alto assim só foi registrado em 2015, quando 986 pessoas morreram de dengue no Brasil. O número significa um alerta para uma nova epidemia da doença, que vem atingindo todas as regiões do país e deve se manter nesse patamar até os primeiros meses de 2023.
Segundo o boletim mais recente do Ministério da Saúde, 98 casos de dengue no país estão sob investigação. Até o momento o número de mortes aumentou 400% em 2022 em relação ao total de 2021 e os casos da doença saltaram 172,4% no comparativo entre o mesmo período de 2021 e 2022.
Se as projeções forem confirmadas, 2022 pode terminar como o ano mais mortal para a dengue no Brasil; o número de mortes pode ultrapassar 1.000, algo nunca mais visto desde a década de 1980, quando a doença ‘ressurgiu’ no país e começou a ser regular, com ciclos de maior e menor intensidade.
Os dados parciais apontam para 1,4 milhão de casos prováveis de dengue no Brasil em 2022, sendo que em 2021 foram 544 mil pessoas infectadas pela doença.
Os períodos chuvosos, principalmente na época do verão, aliados com a diminuição da percepção de risco para a dengue, são registrados como os principais motivos que levaram à alta nos casos e mortes da doença neste ano.Como a previsão aponta para novamente um verão chuvoso no Brasil, a tendência, segundo o especialista, é de que a dengue siga em alta pelo menos até meados de abril de 2023.
É importante não deixar água parada e acumulando por aí: o mosquito pode usar como criadouros grandes espaços, como caixas d’água e piscinas abertas, até pequenos objetos, como tampas de garrafa e vasos de planta; por isso deve-se ficar atento. Os principais sintomas são: febre alta (acima de 38°C), dor no corpo e articulações, dor atrás dos olhos, mal estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo.
Casos de Dengue em Euclides da Cunha
Segundo o Coordenador de Endemias e Espetor Sanitário da Vigilância Sanitária de Euclides da Cunha, Denis da Silva Carvalho, a cidade segue sem nenhum caso confirmado da doença, mas apenas com casos suspeitos que já estão sendo rastreados. “Nosso município está bem equilibrado, porém não devemos descuidar jamais. Recentemente tivemos o carro fumacê, que obtivemos um direcionamento maravilhoso, protegeu bastante a nossa cidade de possíveis surgimentos de casos, derrubando o mosquito Aedes Aegypti”, finalizou.
Por Euclides da cunha.com