Foto: Josevaldo Campos/RF

Se atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu, quem não vai atrás do Nativus do Cumbe ou é ruim da cabeça ou doente do pé.

A 19ª edição do maior pé de serra andante do Sertão aconteceu no sábado (24/junho) e reuniu centenas de pessoas, amantes do bom, tradicional e velho forró, pessoas vindas de todo canto possível. E ao contrário do que cantou Caetano e Caymmi lá no passado, os andantes do Nativus estavam bem vivos e eufóricos com a festa.

Iracilda Damasceno, de Salvador, trocou Caruaru pelo Cumbe e disse que fez a escolha certa. Nós a encontramos com um grupo enquanto o Nativus descia pela Avenida Rui Barbosa, e nos deparamos com ela vibrando e elogiando, “é melhor que Caruaru! ”

É claro que nós paramos e perguntamos a ela o porquê. “Aqui você brinca com mais tranquilidade, Caruaru virou efeito manada, vai muita gente e é desconfortável, tem muito show que não é de forró, aí não vale a pena você ir para um forró que não tem forró. O Nativus do Cumbe está maravilhoso, excelente, todo mundo tranquilo aqui. Estou amando”, explicou, ela que está curtindo o São João em Euclides da Cunha pela primeira vez.

O Nativus do Cumbe é realmente um evento e momento ímpar dentro da programação junina da cidade. Aguardado com ansiedade por todos, o evento reúne gente de todas as idades, motivados pela tradição e pela oportunidade de brincar embalados com muito pé de serra. O licor é o combustível usado para garantir a energia necessária para percorrer todo o trajeto, que começa na Praça da Ararinha Azul e termina na Praça Roberto Santos.

E no meio da multidão andante também estava o casal Tainá Bitencourt e Vieira Neto. Casados há apenas oito dias, eles mostraram que o casamento vai bem, obrigado, tanto que decidiram brincar vestidos de noivos. “Pra gente é a parte principal do São João, porque dos 19 anos já que tem de Nativus, esse é o meu nono ano. Eu vou falar um negócio pra você: se tiver Nativus no São João e não tiver mais nada, já está valendo”, afirma Neto, grudado na muié.

“O Nativus esse ano foi sucesso”, afirma Michel Andrade, membro da organização. Segundo ele, a estrutura usada esse ano era sonhada há mais de 10 anos. “Foi bom pra todo mundo. Pra gente tocar, ficou melhor, para os músicos e para a galera também ficou mais organizado, achei fantástico, e o resultado disso é que todo mundo está elogiando”, revela.

Por Retratos e Fatos