https://public-rf-upload.minhawebradio.net/16127/slider/a18dd5e2e8431febee36038ab6d25e69.jpg
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/16127/slider/31772cb2dea313e53df314d5a941d8f2.jpg
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/16127/slider/63f019fa8594f83f96292fd9ac7db62c.jpg
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/16127/slider/3e2ad0760843e5f7ec3e9dd921130200.jpg
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/16127/slider/27e8b32891874bf3776411dc4618127f.jpg
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/16127/slider/fd912451e7418a306391db95b0b08db2.jpg
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/16127/slider/f395334ed116253810df5e070638d104.jpg
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/16127/slider/9978519f3b1fa23f949ead5ef6cdb9e5.jpg
Colesterol alto: Anvisa aprova novo medicamento injetável com apenas duas aplicações ao ano; entenda
Saúde
Publicado em 06/07/2023

Foto: Freepik

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou um novo medicamento para o controle do colesterol considerado ruim, o LDL. Desenvolvida pela farmacêutica Novartis, a incilsirana demanda apenas duas injeções no abdômen ao ano e consegue reduzir em 50% os níveis do composto gorduroso. O fármaco é vendido sob o nome comercial de Sybrava.

 

Um dos riscos do colesterol elevado é a aterosclerose, quando o acúmulo da gordura forma placas nas artérias e obstrui o fluxo sanguíneo. Como consequência, pode levar a eventos cardiovasculares como infartos e acidentes vasculares cerebrais (AVC). É importante que especialmente aqueles que já passaram pelos problemas mantenham o colesterol sob controle.

 

“Manter o colesterol ruim (LDL) controlado é essencial para que um paciente não volte a ter novos eventos cardiovasculares graves como esses, que têm mais chances de acontecerem depois de um primeiro caso”, diz Raul Santos, cardiologista do InCor-HCMFUSP, professor associado da Faculdade de Medicina da USP e ex-presidente da Sociedade Internacional de Aterosclerose (IAS), em comunicado.

 

Hoje, o tratamento do colesterol alto é feito em grande parte dos casos com mudanças alimentares, prática de atividades físicas e o uso das estatinas, que são comprimidos tomados diariamente para reduzir o composto no sangue. Porém, além de ter uma adesão mais difícil, essa diminuição é por volta de 30% nos estudos.

 

Os fármacos são essenciais e o tratamento consegue reduzir substancialmente o risco de morte de pacientes com colesterol alto que precisam do remédio. Ainda assim, a incilsirana apresenta uma nova opção para tratar o problema, que pode inclusive ser combinada com as estatinas.

 

Como funciona a incilsirana?

A incilsirana funciona no organismo limitando a produção da proteína hepática PCSK9. Essa proteína atua promovendo a degradação do receptor de LDL no interior da célula, o que leva ao maior acúmulo da gordura nas artérias. Já com a menor liberação da PCSK9 por meio da ação do remédio, o LDL foi melhor absorvido, e seu nível na corrente sanguínea foi reduzido.

 

Os principais estudos que embasam a eficácia da incilsirana são chamados de ORION-10 trial e ORION-11 trial e envolveram mais de três mil participantes. Em ambos, os pacientes tinham um quadro de aterosclerose, mas no segundo estudo os voluntários já faziam uso da dose máxima tolerada de estatinas.

 

Durante aproximadamente um ano e meio, os participantes dos dois testes foram divididos em dois grupos, em que um recebeu o medicamento, e o outro, um placebo. Os resultados mostraram uma redução de 52,3% no LDL entre os pacientes que não faziam uso das estatinas, e de 49,9% no segundo estudo. Os trabalhos foram publicados na revista científica New England Journal of Medicine.

 

“Mesmo mudando o estilo de vida e tomando as medicações mais comuns para o controle do colesterol, muitos desses pacientes que já tiveram um ataque cardíaco ou um derrame não conseguem manter o colesterol ruim (LDL) dentro da meta. Nesse sentido, a inclisirana entra em cena como um avanço para controlarmos o colesterol ruim (LDL) nesses pacientes”, acrescenta Santos.

 

O medicamento já havia recebido um aval de órgãos reguladores dos Estados Unidos e da União Europeia. Não há ainda previsão para a comercialização no Brasil ou uma possível incorporação no SUS.

Por O Globo

Comentários