Imagem: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), acaba de confirmar em entrevista que vai poder taxar compras em empresas chinesas. Mesmo sem citar o nome da Shein, o chefe de estado disse que a situação dessas companhias preocupa, e que vai precisar mudar o sistema de cobranças de impostos durante o seu mandato.
“Nós estamos ficando em um país em que está crescendo o setor de serviços e está crescendo a importação de produtos que não pagam nenhum imposto nesse país, ou seja, como é que a gente vai poder ficar vivendo assim?”, questionou o presidente em entrevista a jornalistas do portal Brasil 247.
“Eu quero uma relação extraordinária com os chineses, a melhor possível. Mas, nós não podemos aceitar que as pessoas fiquem vendendo pra cá coisas sem pagar imposto de renda, sabe? É preciso que a gente tenha uma seriedade nisso”, completou Lula.
Na última semana, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) recebeu em seu gabinete em Brasília alguns deputados e senadores representantes de empresários brasileiros. Os parlamentares ar gumentaram ao chefe da pasta econômica que a falta de taxação de produtos chineses prejudicaria as empresas nacionais, que não teriam como concorrer.
Oficialmente, Haddad não vinha falando sobre o assunto da possível taxação de vendas de produtos de empresas chinesas pela internet. Contudo, ele levou o assunto ao presidente Lula, que de acordo com esta nova entrevista, parece ter concordado com a premissa dos parlamentares, e deve começar a focar em uma possível taxação em breve.
Shein e Shopee
A Shein é uma empresa chinesa que possui sede na cidade de Nanquim. A varejista de “fast fashion” foi fundada no ano de 2008. Em boa parte do planeta, e em especial no Brasil, a marca é conhecida por vender peças de roupa a preços acessíveis.
Vale lembrar que em alguns países o app da Shein está proibido de ser acessado. É o caso, por exemplo, da Índia. Em junho de 2020, o país asiático decidiu banir o app argumentando que existiria um risco para a privacidade das pessoas.
Pela lógica apresentada no discurso de Lula, não seria apenas a Shein que poderia passar a ser taxada no Brasil. Outras empresas como Shopee também poderiam entrar na lista, mesmo que esta companhia específica não seja da China, e sim de Singapura.
Por Noticias Concursos