Foto: Reprodução Metrópoles
A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, apresentou, no início da noite deste domingo (18/8), um balanço do Concurso Público Nacional Unificado (CNU), também conhecido como o “Enem dos Concursos”.
As provas foram aplicadas ao longo do dia em mais de 3,5 mil locais espalhados em 228 cidades do país. Segundo a ministra, o comparecimento deve chegar a cerca de 1 milhão de candidatos. O número é menos da metade de todos os 2,1 milhões que se inscreveram. O CNU ofereceu 6.640 vagas, de nível médio e superior, a serem preenchidas em 21 órgãos da administração pública federal.
Apesar do resultado, Dweck disse estar satisfeita com a realização do concurso. “Ficamos até abaixo de outras taxas de abstenção de concursos recentes. Tivemos inscritos de praticamente todos os municípios brasileiros”, disse ela.
“Não temos o porcentual exato (de abstenção) porque estamos finalizando o processo, mas ficou entre 52% e 53% de abstenção, dentro do esperado. O concurso do Banco Brasil mais recente teve mais de 60% de abstenção, tinha 1 milhão de inscritos. Em torno de 50% de abstenção, dada a envergadura, quantidade de inscrições, de municípios com a prova pela primeira vez, era o esperado. A média histórica gira em torno de 40%, mas concursos grandes chega a 50%, acrescentou a ministra.
Dweck ressaltou o trabalho em equipe para realização do certame e valorizou a diversidade dos inscritos. “A gente teve uma coisa muito importante, que foi a diversidade cultural e étnico-racial. A gente teve mais de 400 mil pessoas que se inscreveram pelas cotas.” O certame tinha cotas para pessoas negras, com deficiência e indígenas.
A maior abstenção foi no nível médio, cujos cargos registraram maior concorrência. Nos outros blocos, ficou abaixo da média. O chamado bloco 3, referente à área ambiental, agrária e biológica foi o que teve a menor abstenção.
Os candidatos com deficiência tiveram salas especiais, conforme o MGI, e registraram uma abstenção de 40%, apenas.
Aplicação das provas
Durante a manhã, a aplicação das provas começou às 9h, no horário de Brasília, e terminou às 11h30. E à tarde, o tempo de prova foi das 14h30 às 18h.
No primeiro bloco, pela manhã, os concurseiros de nível superior tiveram de responder 20 questões objetivas sobre conhecimentos gerais, mais uma questão dissertativa de conhecimento específico. Já os de nível médio tiveram a mesma quantidade de questões objetivas, mais uma redação.
Na segunda parte da prova, à tarde, a prova de nível superior teve 50 questões objetivas de conhecimentos específicos, enquanto a de nível médio teve 40. Em nenhum dos dois blocos, os candidatos puderam sair com os cadernos de prova.
Ao final, eles receberam um rascunho que poderia ser utilizado para anotar as respostas das questões. Só tiveram acesso a esse espelho, no entanto, aqueles que deixaram o local de prova nos 30 minutos finais.
A divulgação dos cadernos de prova está prevista para às 20h deste domingo e o gabarito preliminar das provas objetivas deve ser liberado nessa terça-feira (20/8), conforme cronograma previsto no edital.
Por Metrópoles
